quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Teoria do Design Inteligente

Teoria do Design Inteligente

Por:
Enézio de Almeida Filho

Baseado nas obras dos teóricos do Design Inteligente: William A. Dembski e Michael J. Behe.



Introdução:

O debate sobre as origens e evolução do universo e da vida tem sido uma dialética muito
 controversa, principalmente depois que Darwin publicou o livro Origem das Espécies
em 1859. Desde então, a fonte da controvérsia tem sido o design. Seria a aparência de
design nos organismos (conforme exibido na sua complexidade funcional) o resultado
de forças puramente naturais agindo sem  previsão ou teleologia?Ou significaria
 previsão e teleologia genuínas? Aquele design seria empiricamente  detectável e
acessível  à pesquisa científica?
Quatro posições importantes emergiram devido a essas questões: o darwinismo, a
 auto-organização, a evolução teísta e o design inteligente.

As perguntas que teimam não se calar:

Por que o darwinismo, apesar de tão inadequadamente apoiado como teoria científica
continua a acumular o apoio total do establishment acadêmico?
O que continua a manter o darwinismo em circulação apesar de suas muitas falhas
evidentes?
Por que as alternativas que introduzem o design são excluídas do debate científico?
Por que a ciência deve explicar somente recorrendo a processos naturais não guiados?
Quem determina as regras da ciência?
Há um código de “cientificamente correto” que, em vez de ajudar a nos levar à verdade,
 ativamente nos  impede de perguntar certas questões e de chegar à verdade?
O que é correto - a evolução naturalista ou design inteligente?
Os objetos, mesmo que nada sobre como surgiram seja conhecido, podem exibir
características - design intencional - que sinalizem seguramente a ação de uma causa
 inteligente? Atualmente, esta é uma  das perguntas proibida de ser feita em ciência,
especialmente em biologia.
Os exemplos mais precisos dessa atitude são de dois importantes
cientistas evolucionistas:
“Os biólogos devem constantemente ter em mente que o que eles vêem não
 tem  design intencional, mas evoluiu”  -Francis Crick, What Mad Pursuit 
(1988). 
“A biologia é o estudo de coisas complexas que dão a impressão de ter um 
design intencional” - Richard Dawkins, O relojoeiro cego (2001).
Contudo, como a pergunta mais importante para qualquer sociedade fazer éjjustamente
 aquela que é proibida, muitos biólogos e outros cientistas
dispuseram-se a responder: o design é real ou aparente?
O que é a Teoria do Design Inteligente?
O surgimento de uma moderna teoria científica do Design Inteligente (TDI) e de uma
 comunidade de pesquisadores academicamente qualificados promovendo essa teoria
 (Movimento do Design Inteligente - MDI) há mais de dez anos nos Estados
Unidos, colocou novamente a questão das origens do universo e  da vida em destaque
 na mídia e na academia.
O Design Inteligente (DI) é uma ciência, uma filosofia e um movimento para a reforma
educacional.
 Como ciência, é um argumento contra a afirmação darwinista ortodoxa
de que forças inconscientes como variação, herança genética, seleção natural e o
 tempo sejam  capazes de explicar as principais características (complexidade e
 diversidade) do mundo biológico. 
Como filosofia, é uma crítica da filosofia da ciência dominante que limita a explicação
apenas a causas puramente físicas ou materiais. Como programa de reforma educacional
,é um movimento público para fazer do darwinismo - suas evidências, pressuposições
filosóficas e táticas retóricas - objeto de  uma discussão pública bem informada, ampla,
 civilizada, e vívida.
A TDI é uma teoria científica moderna que tenta responder essa pergunta científica
 proibida: 
Os objetos, mesmo que nada seja conhecido sobre como que eles surgiram, exibem
características que sinalizam com segurança a ação de uma causa inteligente? Para ver
 o que epistêmicamente está em jogo, consideremos a estátua do Cristo Redentor no Rio
de Janeiro.
 A evidência de design na estátua, criada sob encomenda da Arquidiocese do Rio de
 Janeiro pelo artista plástico francês Paul Landowski, é direta — testemunhas oculares
 viram os arquitetos, engenheiros e
 demais operários levantarem essa estrutura em cimento armado. Mas, e se não houvesse
 evidência direta de design para a estátua do Cristo Redentor? Se os humanos não existissem
 mais e se extraterrestres ao  visitarem a Terra descobrissem a estátua do Cristo Redentor do
jeito em que se encontra atualmente? 
Qual seria a conclusão deles diante da estátua? Acaso e necessidade? Ou design inteligente?
Nesse caso, o que sobre este objeto forneceria evidência circunstancial convincente de que
 foi devido  à ação de uma inteligência e não do vento e da erosão ou do acúmulo lento e
gradual de materiais de  construção? Objetos com design intencional como o Cristo Redentor
 exibem aspectos característicos que apontam para uma inteligência. Tais aspectos ou padrões
se constituem em sinais de inteligência.
 Os proponentes do DI, conhecidos como teóricos do design,tencionam estudar tais sinais
 formal, rigorosa  e cientificamente.
A afirmação fundamental do DI é direta e muito inteligível, isto é: existem sistemas
naturais que não podem ser adequadamente explicados em termos de forças naturais
 não-dirigidas e que exibem características que em quaisquer outras circunstâncias nós
 atribuiríamos à inteligência. Portanto, o DI pode ser definido como a ciência que estuda
os sinais de inteligência.

Um método de detectar design 
Porque um sinal não é a coisa significada, o DI não presume identificar nem focalizar os
propósitos de um designer (a coisa significada), mas nos artefatos que resultam dos
propósitos de um designer (o sinal).
 O que um designer tenciona ou propõe-se a fazer é uma questão interessante, e alguém
pode  até ser capaz de inferir algo sobre os propósitos de um designer a partir dos
objetos com design intencional que  um designer produz. No entanto, as intenções de
um designer e até  mesmo a sua natureza (se, por exemplo, o designer é um ag ente
 pessoal consciente ou um  processo télico impessoal) está fora do  objetivo do DI.
Como programa de pesquisa científica, o DI investiga os efeitos da inteligência e não a
inteligência em si.
 Na verdade, um dos aspectos mais vigorosos da TDI é que ela distingue o design do
 propósito do design. 
O que torna o DI controverso, é porque ele se propõe a encontrar sinais de inteligência na
 natureza e, especificamente, em sistemas biológicos.
De acordo com o biólogo evolucionista Francisco Ayala, o maior feito de Darwin foi
demonstrar como que a complexidade organizada dos organismos podia ser obtida
 à parte  de uma inteligência que utilize design. Portanto, o DI desafia  diretamente o
darwinismo e  outras abordagens naturalistas quanto à origem e a evolução da vida.
Para que o design seja um conceito científico fértil, os cientistas têm de ter certeza de que
 eles podem 
determinar com confiança se algo temdesign intencional. Johannes Kepler, por exemplo,
 pensou que as  crateras na Lua tinham sido feitas inteligentemente pelos habitantes da Lua.
Hoje nós sabemos que as crateras foram formadas por fatores puramente materiais
 (como  colisão de  meteoros). Este medo de atribuir design falsamente a alguma coisa, só
 para mais tarde vê-lo ser desacreditado, tem impedido o design de entrar no circuito
 científico. Mas os  teóricos do DI argumentam  que agora formularam métodos precisos e
 rigorosos para  diferençar objetos com design intencional dos  sem design intencional.
Esses métodos, eles afirmam, os capacitam evitar o erro de Kepler e localizar o design
com segurança em  sistemas biológicos.
Como uma teoria de origem biológica e de desenvolvimento, a afirmação central do
 DI é que  somente causas inteligentes explicam adequadamente as estruturas biológicas
de informação  complexa e que essas causas são  empiricamente detectáveis.
Afirmar que causas inteligentes são empiricamente detectáveis é afirmar a existência de
 métodos bem-definidos que, baseados nos aspectos observáveis do mundo, podem
 distinguir com segurança causas  inteligentes de causas naturais não dirigidas.
Muitas ciências especiais já desenvolveram tais métodos para fazer essa distinção
 - notadamente a  ciência de investigação criminal, a criptografia,
a arqueologia, a inteligência artificial (cf. o teste de Turing) e a busca por inteligência
 extraterrestre  (SETI - Search for Extraterrestrial Intelligence).
A capacidade de eliminar acaso e necessidade é essencial para todos esses métodos
científicos. Sempre  que esses métodos detectam a causação inteligente, a entidade
 subjacente  que descobrem é a informação. David Baltimore, biólogo molecular
americano  (prêmio Nobel em 1975) afirmou:  “A biologia moderna é uma ciência de
informação”.
A TDI apropriadamente formulada é uma teoria de informação. Dentro dessa teoria,a
 informação se torna um indicador confiável de causação inteligente  bem como um objeto
 apropriado para investigação científica.O astrônomo Carl Sagan escreveu um livro sobre a
busca por inteligência extraterrestre chamado Contato, que mais tarde virou filme.A trama
e os extraterrestres eram fictícios, mas Sagan baseou os métodos de detecção de design
 dos astrônomos do SETI exatamente na prática científica.
Na vida real, até agora os pesquisadores do SETI não tiveram êxito em detectar
convincentemente sinais de design intencional do espaço sideral, mas se encontrarem tal sinal,
 como os astrônomos no filme fizeram, eles também vão inferir design intencional.
Por que os radioastrônomos no filme Contato chegaram a uma inferência de design dos sinais
 de rádio  que eles monitoraram do espaço? Os pesquisadores do SETI escutam milhões de
sinais de rádio coletados  do espaço sideral através de computadores programados para
 reconhecerem padrões preestabelecidos.
Esses padrões servem como peneira. Os sinais que não se encaixam em nenhum dos padrões
 passam  pela peneira e são classificados como aleatórios.
Ano após anos recebendo sinais aleatórios aparentemente sem significado, os pesquisadores
do filme  Contato descobriram um padrão de batimentos   (1) e pausas (0) que
 correspondiam à seqüência de todos os números primos entre 2 e 101.
 (Os números primos são divisíveis somente por si mesmos e por um).
Aquilo surpreendeu e chamou a atenção dos radioastrônomos, e eles imediatamente inferiram
 uma causa inteligente. Quando uma seqüência começa com duas batidas
(11) e depois uma pausa (0), três batidas (111) e depois uma pausa (0), e continua por todos
 os números primos até o número com cento e uma batidas, os pesquisadores precisam e
 devem inferir a presença de uma inteligência extraterrestre.
Eis aqui a razão dessa inferência: não há nada nas leis da Física que exija que os sinais de rádio
 tomem  uma forma ou outra. A seqüência de números primos é,portanto, contingente em vez
 de necessária. 
Além disso, a seqüência de números primos é longa e portanto complexa. Se a seqüência fosse
extremamente pequena e por isso não teria complexidade, facilmente poderia ter acontecido por
acaso. Finalmente, a seqüência não era meramente complexa mas também exibia um padrão ou
especificação  independentemente dada (não era apenas uma velha seqüência de números
 qualquer, mas uma seqüência  matematicamente significante - os números primos).
A inteligência deixa atrás de si uma marca registrada ou assinatura - que dentro da comunidade
do DI é agora chamada de complexidade especificada.
Um evento exibe complexidade especificada se for contingente e, portanto, não necessário; se
 for complexo e por isso não prontamente repetido pelo acaso; e se for especificado no sentido
 de exibir um  padrão dado independentemente. Um evento meramente improvável não é
suficiente  para eliminar o acaso - ao jogar uma moeda muitas vezes para o ar, alguém
testemunhará um  evento altamente complexo ou improvável. Mesmo assim, não terá
 nenhuma razão em atribuí-lo a qualquer coisa a não  ser ao acaso.
A coisa importante a respeito das especificações é que elas sejam dadas objetivamente e não
 sejam impostas arbitrariamente nos eventos após o fato.
Por exemplo, se um arqueiro lançar flechas em direção a uma parede e depois pintar o alvo
 na mosca ao redor delas, o arqueiro impôs um padrão
após o fato. Por outro lado, se os alvos foram colocados antes (“especificados”), e depois o
 arqueiro os acerta com exatidão, legitimamente chega-se à conclusão de que assim
 ocorreu por  design  intencional.
A combinação de complexidade e especificação apontou convincentemente aos
 radioastrônomos no filme Contato para uma inteligência extraterrestre.
A evidência era puramente circunstancial - os radioastrônomos nada sabiam sobre os alienígenas
 responsáveis pelo sinal ou como o transmitiram.
Os teóricos do DI afirmam que a complexidade especificada fornece evidência circunstancial
 convincente de inteligência. Conseqüentemente, a complexidade especificada é um marcador
empírico  de inteligência confiável, do mesmo modo que as impressões digitais são marcadores
 empíricos confiáveis  da presença de um indivíduo. Além disso, os teóricos do DI argumentam
 que fatores puramente 'materiais não podem explicar adequadamente a complexidade
especificada.A insuficiência epistêmica de alguns aspectos do darwinismo é considerada até
 por cientistas evolucionistas.
“Na literatura do DI, algumas referências a ‘design’ não são relativas a design como causa 
(detectável ou não), mas ao design como efeito empiricamente detectável. 
 É importante que estes dois sentidos de design sejam cuidadosamente distinguidos. O sentido
  epistêmico  de design (efeito detectável) é muito mais restringido do que o sentido ontológico
 (causa). Algum design genuíno pode não deixar rastro detectável. Um assassino inteligente
 pode forjar uma morte acidental ou natural, e assim tornar indetectável um design maligno.
Como conceito empírico-epistêmico o design deve ser
 restringido àqueles casos onde o acaso e a lei [natural] podem ser excluídos com segurança.
 Todavia, o  design pode estar operando incógnito mesmo quando o acaso e a lei [natural] não
 podem ser excluídos como explicações. Uma sugestão é que o design, como efeito empírico,
 pode ser identificado com a  manifestação de um certo tipo de informação, a informação
complexa especificada (ICE), que é a idéia por trás do filtro explanatório proposto por
William Dembski [in The Design Inference (Cambridge: Cambridge University Press, 1998)]”
 . MENUGE, Angus. Agents Under Fire: Materialism and the Rationality of Science, Lanham,
 MD: Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2004, p. 17. 
A TDI satisfaz os quatro critérios do modelo dedutivo-nomológico de explicação científica
 dos fenômenos:
 A) A explicação que oferece pode ser feita em forma de um argumento dedutivo;
 B) Contém pelo menos  uma lei geral (lei da pequena probabilidade), e esta lei é exigida para
a derivação da coisa a ser  explicada (neste caso, a natureza da causa do evento em questão);
 C)Tem conteúdo empírico porque  depende tanto da observação
do evento e de fatos empíricos relevantes para determinar a probabilidade objetiva de sua
ocorrência;
 D) As frases constituindo a explicação
são verdadeiras (até onde sabemos), porque em princípio elas levam em consideração todos
 os fatores  relevantes disponíveis antes do evento
que se está tentando explicar. GORDON, Bruce L., “Is Intelligent Design Science? - The
Scientific Status and Future of Design -Theoretic Explanations”, in Signs of Intelligence, p. 209. 
Atualmente são mais de 450 acadêmicos (com Ph. D.), alguns professores em universidades
como Stanford, Princeton, Yale, Universidade de Idaho, Universidade do Texas, Universidade
da  Califórnia (Berkeley), Universidade de San Francisco, Universidade da Georgia
(Henry F. Schaeffer, cinco vezes indicado para o prêmio Nobel, o terceiro químico mais citado
 no mundo), Universidade  de Notre Dame, entre outras renomadas instituições de ensino. 
Este Autor considera o livro The Mystery of Life’s Origin (Nova York: Philosophical Library,
Inc., 1984) de Charles Thaxton, Walter Bradley e Roger Olsen  como a obra seminal do
MDI. Ao receber em 1984  uma cópia autografada por um dos autores, Charles Thaxton,
 nem imaginava a revolução científica que  este livro provocaria anos mais tarde e que estaria
 envolvido na promoção da TDI no Brasil. Vide
Doubts About Darwin, de Thomas Woodward, Grand Rapids, 
MI: Baker Books, 2003, sobre a história do DI. 
Os leigos também podem participar do projeto SETI usando seus computadores na busca
de sinais de  inteligência extraterrestre. Maiores informações:http://www.seti.org
O padrão contendo a seqüência de números primos de 2 a 101 apresentado no filme Contato:

11011101111101111111011111111111011111111111110111111111111111110111111111111111111101111111111111111111
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11111111111111111111111111111111111111111101111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
11111101111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111101111111111111111111111111
11111111111111111111111111111111111111111111111011111111111111111111111111111111111111111111111111111111
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Detectando design em biologia:

1. O argumento da complexidade especificada (William Dembski):*Para determinar se os 
organismos biológicos exibem complexidade especificada, os teóricos do DI focalizam em
sistemas identificáveis (ex.: enzimas individuais, caminhos metabólicos e máquinas moleculares).
 Esses sistemas não somente são especificados por seus requisitos funcionais independentes,
 mas também exibem um alto grau de  complexidade.

A complexidade especificada, como Dembski a desenvolve na sua obra, incorpora
 cinco elementos  importantes:
 A) - Uma versão probabilística de complexidade aplicável aos eventos: a probabilidade pode
 ser vista  como uma forma de complexidade. Elas variam inversamente: quanto maior a 
complexidade, muito menor  será a probabilidade. O termo complexidade em complexidade
 especificada refere-se à improbabilidade.
B) - Padrões condicionalmente independentes: os padrões que na presença de complexidade
 (ou improbabilidade) impliquem em ação de inteligência devem ser independentes do evento
cujo design está em questão. O modo de caracterizar essa independência de padrões é através
da noção  probabilística de independência condicional. O termo especificada em complexidade
especificada refere-se a tais padrões condicionalmente independentes - são as especificações.
C) - Recursos probabilísticos: são o número de oportunidades para um evento acontecer ou ser
 especificado. Um evento aparentemente improvável pode tornar-se bem provável assim que
 suficientes  recursos probabilísticos sejam fatorados. Por outro lado, tal evento pode permanecer
 improvável mesmo  após todos os recursos probabilísticos disponíveis tenham sido fatorados.
Os recursos probabilísticos são  replicadores (o número de oportunidades para um evento
ocorrer) e especificadores (o número de oportunidades para especificar um evento).
 Para um evento de probabilidade ser razoavelmente atribuído  ao acaso, o número não pode ser
 pequeno demais.
D) - Uma versão especificadora de complexidade aplicada aos padrões. Por serem padrões, as
 especificações exibem graus de complexidade variadas. Um grau de especificação de
 complexidade determina quantos recursos especificadores devem ser fatorados quando calculando
 o nível de  improbabilidade necessária para excluir o acaso. Quanto mais complexo o padrão, mais
 recursos  especificadores devem ser fatorados. Os matemáticos chamam a generalização disso de
 complexidade de Kolmogorov. A baixa complexidade especificadora é importante na detecção de
 design porque ela garante que um evento cujo design está em questão não foi simplesmente descrito
após o fato e depois  arrumado como se pudesse ser descrito como tendo ocorrido antes do fato.
E) - Um número limite de probabilidade universal. Os recursos probabilísticos vêm em quantidades
limitadas  no universo observável. Os cientistas calculam que haja em torno de 1080 de partículas
elementares. 
 As propriedades da matéria são tais que as transições de um estado para o outro não pode ocorrer
muito  mais rápido do que 1045 por segundo (o tempo de Planck, a menor de todas as unidades
de tempo fisicamente significativa). O universo mesmo é um bilhão de vezes mais recente do que
 1025 segundos (admitindo-se que o universo tenha entre 10 a 20 bilhões de anos). Se qualquer
especificação de um evento ocorrendo no universo físico requer pelo menos uma partícula
elementar para especificá-lo e que tal  especificação não pode ser gerada mais rapidamente
do que o tempo de Planck, então essas limitações 
 cosmológicas implicam que o número total de eventos especificados através da história cósmica
 não pode exceder 1080 x 1045 x 1025 = 10150. Assim, qualquer evento especificado de
 probabilidade menor  do que 1 em 10150 permanecerá improvável mesmo após todos os
 recursos probabilísticos concebíveis do universo visível tenham sido fatorados. Isto
é, qualquer evento especificado tão improvável quanto esse jamais poderia ser atribuído
 ao acaso. Para algo exibir complexidade especificada significa que corresponde a
 um padrão condicionalmente independente (especificação) de baixa complexidade
 especificadora, mas onde o evento correspondente àquele padrão ele tem uma probabilidade
 menor do que o número limite de probabilidade universal (10150) e portanto tem alta
 complexidade probabilística. 
Emile Borel, matemático francês, propôs 1 em 1050 como um limite de probabilidade
 universal, abaixo do qual (10-50) o acaso pode ser definidamente excluído, i.e., qualquer evento
 específico tão improvável quanto esse nunca poderia ser atribuído ao acaso.
Para explicarmos algo, nós empregamos três amplos meios de explanação: acaso, necessidade e
design.
 Como um critério para detectar design, a complexidade especificada nos capacita decidir qual
desses meios de explanação é aplicável. Ela faz isso respondendo a três perguntas sobre a coisa
que  estamos tentando explicar: É contingente? É complexo(a)? É especificado(a). Dispondo essas
perguntas seqüencialmente como nódulos de decisão num gráfico, nós podemos representar a
complexidade  especificada como um critério para detectar design: o chamado “Filtro
 Explanatório” de Dembski.
Assim, onde for possível existir corroboração empírica direta, o design intencional estará realmente 
presente sempre que a complexidade específica estiver presente.
 Assim, onde for possível existir corroboração empírica direta, o design intencional estará realmente
 presente sempre que a complexidade específica estiver presente.

2. O argumento da complexidade irredutível (Michael Behe):

No livro A Caixa Preta de Darwin, Michael Behe, professor de Bioquímica na Lehigh University, 
Pensilvânia, conecta a complexidade especificada ao design biológico através do seu conceito de 
complexidade irredutível. Behe define um sistema como irredutivelmente complexo se ele consistir 
 de um subsistema de diversas partes interrelacionadas que removendo-se até mesmo uma parte
 torna a  função básica do sistema irrecuperável.
Para Behe, a complexidade irredutível é um indicador seguro de design. Um sistema bioquímico
 irredutivelmente complexo que Behe considera é o flagelo bacteriano. O flagelo é um motor rotor
movido por um fluxo de ácidos com uma cauda tipo chicote (ou filamento) que gira entre 20.000 a 
 100.000 vezes por minuto e cujo movimento rotatório permite que a bactéria navegue através de
 seu  ambiente aquoso.
Behe demonstra que essa maquinaria intrincada nesse motor molecular - incluindo um rotor
 (o elemento que imprime a rotação), um estator (o elemento estacionário), juntas de vedação,
 buchas  e um eixo-motor - exige a interação coordenada de pelo menos quarenta proteínas
 complexas (que formam  o núcleo irredutível do flagelo bacteriano) e que a ausência de qualquer
uma delas resultaria na perda  completa da função do motor. Behe argumenta que o mecanismo
darwinista enfrenta graves obstáculos  em tentar explicar esses sistemas irredutivelmente
complexos. No livro No Free Lunch, William Dembski demonstra como que a noção de
 complexidade irredutível de Behe se constitui numa instância  particular de complexidade
 especificada.
Assim que um componente essencial de um organismo exibe complexidade especificada,
 qualquer design atribuível àquele elemento passa para o organismo como um todo. Para atribuir
 design a um organismo, ninguém precisa demonstrar que cada aspecto do organismo tem design
intencional. Organismos, como todos os objetos materiais, são produtos de uma história e assim
sujeitos à ação desgastante de  fatores puramente materiais. Automóveis, por exemplo, ficam
 velhos e exibem os efeitos da corrosão, de granizo, e de forças de fricção. Mas isso  não
 faz com que eles tenham menos design intencional.
 Do mesmo modo, os teóricos do DI argumentam que os organismos, embora exibindo os efeitos
 da história  (e isso inclui os fatores darwinistas como mutações genéticas e seleção natural),
também incluem um núcleo não eliminável que tem design intencional que não pode ser explicado
unicamente por aqueles fatores.
O design inteligente e as tradições religiões
A principal ligação do DI com as tradições religiosas é através do argumento de design. Talvez o 
argumento de design mais conhecido seja o de William Paley. Ele publicou o seu argumento
 em 1802 no  livro Natural Theology [Teologia Natural]. O subtítulo é surpreendente:
Evidences of the Existence and  Attributes of the Deity, Collected from the Appearances of
Nature [Evidências da existência e atributos da  divindade, coletadas das aparências da
natureza]. O projeto de Paley era examinar os aspectos do mundo  natural (que ele chamou
de “aparências da natureza”) e delas tirar conclusões sobre a existência e atributos de uma
inteligência responsável pelo design daqueles aspectos (Paley identificou como sendo o 
Deus do cristianismo).
De acordo com Paley, se alguém encontrar um relógio num campo (e assim não ter todo
 conhecimento de como surgiu o relógio), a adaptação das peças do relógio para dizer as horas
 garante que ele é o produto de uma inteligência. Assim também, de acordo com Paley,
 as maravilhosas adaptações dos  meios para os fins nos organismos (como a complexidade
 do olho humano com a sua capacidade de  visão) garantem que os organismos são
 produtos de uma inteligência. A TDI atualiza o argumento do  relojoeiro de Paley
à luz da contemporânea teoria matemática da informação e da biologia molecular,
 pretendendo trazer este argumento de design para dentro da ciência.
Ao argumentar a favor do design dos sistemas naturais, a TDI é mais modesta do que os
argumentos de design da teologia natural. Para teólogos da natureza como Paley, a validade do
argumento de design não  dependia da fertilidade das idéias teóricas de design para a ciência,
 mas no uso metafísico e teológico que  alguém pudesse obter do design. Um teólogo
 da natureza  pode apontar para a natureza e dizer, “Claramente, o designer deste ecossistema
 valorizou a variedade em detrimento à elegância”. Um teórico  do DI tentando fazer de verdade
 uma pesquisa  teórica de design naquele ecossistema pode responder,
 “Embora isso seja uma intrigante possibilidade teológica, como um teórico do DI eu preciso
 manter a pesquisa focalizada nos caminhos informacionais capazes de produzir essa variedade”.
No seu livro Crítica da Razão Pura, Immanuel Kant afirmou que o máximo que o argumento
do design pode estabelecer é “um arquiteto do mundo que está limitado pela adaptabilidade do
 material com que  trabalha, não um criador de mundo à cuja idéia [mente] tudo está sujeito”.
Longe de rejeitar o  argumento de design, Kant fez objeção quanto à extrapolação de seu uso.
 Para Kant, o argumento  do design estabelecia legitimamente um arquiteto (isto é, uma causa
 inteligente cujas realizações de  objetivos são limitadas pelos materiais do qual o mundo é feito),
 mas nunca pode estabelecer um  criador que origina os próprios materiais que o arquiteto então
 modela. O DI é totalmente consoante com essa observação de Kant. A criação é sempre sobre
 a fonte ontológica do  mundo. O DI, como a ciência que estuda os sinais de inteligência, é sobre
os arranjos de materiais  preexistentes que apontam para uma inteligência. Portanto, a criação e
o DI são bem diferentes.
Pode haver criação sem DI e DI sem criação. Por exemplo, pode haver uma doutrina da criação
 na qual Deus cria o mundo de tal maneira que nada sobre o mundo aponta para design.
O zoólogo evolucionista Richard Dawkins escreveu um livro intitulado O relojoeiro cego: porque
 a evidência da evolução revela um universo sem design. Mesmo que Dawkins possa estar certo
sobre o universo não revelar nenhuma evidência de design intencional, logicamente não se conclui
que ele não foi criado. É logicamente possível que Deus tenha criado um mundo que não forneça
 nenhuma evidência de design. Por outro lado, é logicamente possível que o mundo esteja cheio de
sinais de inteligência mas não foi  criado. Esta era a visão dos antigos estóicos, no qual o mundo era
 eterno e não criado, mas mesmo assim um princípio racional impregnava o mundo todo e produzia
marcas de inteligência nele.
As implicações do DI para as crenças das tradições religiosas são profundas. A ascensão da ciência
 moderna resultou num ataque vigoroso em todas as religiões que consideram o propósito, a 
inteligência, e a sabedoria como aspectos fundamentais e irredutíveis da realidade. O ápice desse
 ataque veio com a teoria da evolução de Darwin. A afirmação central da teoria de Darwin é que um
 processo material não guiado (variação aleatória e seleção natural entre outros mecanismos) poderia
 explicar a emergência de toda a complexidade e ordem biológicas. Em outras palavras, Darwin
 parecia demonstrar que o design em biologia (e, por implicação, na natureza em geral) era
dispensável. Ao  demonstrar que o design é indispensável para a compreensão científica
do mundo natural, o DI está revigorando o argumento do design e ao mesmo tempo derrubando
 a concepção errônea de que a única forma de crença religiosa defensável é a que considera
o propósito, a inteligência, e a sabedoria como  subprodutos de processos materiais não inteligentes.

Referências e notas:

O conceito de complexidade especificada foi usado pela primeira vez em 1973 por Leslie
 Orgel in  The Origins of Life, e depois em 1999 por Paul Davies in The Fifth Miracle.



Na pesquisa da TDI, a complexidade especificada é um critério estatístico usado para

 identificar os efeitos de causa inteligente. Vide DEMBSKI, William. The Design Inference:

 Eliminating Chance Through Small Probabilities. Cambridge: Cambridge University Press,
1998. Esta obra é rigorosamente técnica e fundamental para a compreensão da TDI como
 uma  teoria científica de  detecção de design na natureza. Para uma leitura menos técnica,
 vide No Free Lunch: Why Specified Complexity Cannot Be Purchased without Intelligence. 
Lanham, MD: Rowman &
 Littlefield Publishers, Inc., 2002.



BOREL, Emile. Probabilities and life. New York: Dover Publications, 1962, p. 28

O “Filtro Explanatório” de Dembski aparece no livro The Design Inference, p. 37.

BEHE, Michael. A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.

O conceito de Behe de complexidade irredutível estabelece na verdade três pontos 
importantes: lógico, empírico e explanatório. Do ponto de vista lógico - certas estruturas 
provavelmente são inacessíveis a um caminho darwinista direto, mas certas estruturas 
biológicas também têm complexidade irredutível, logo, elas também devem ser
 inacessíveis a um
 caminho darwinista direto. O ponto de vista empírico é a falta de êxito,


 ampla e sistêmica da 

biologia evolutiva em descobrir caminhos darwinistas indiretos que

 resultem em estruturas 

biológicas de complexidade irredutível - o que existe são 

‘fantasiosas especulações’: razão para se 

duvidar e até rejeitar que os caminhos

 darwinistas indiretos sejam a resposta para a complexidade
 irredutível. O ponto de vista explanatório é sobre a adequação causal - o efeito em questão
 é a
 complexidade irredutível de certas máquinas bioquímicas, como é que ela surgiu?


 Em bases 

lógico-matemáticas os caminhos darwinistas diretos são excluídos. A ausência de

 evidência 

científica dos caminhos darwinistas indiretos é tão completa quanto é para a 

existência do Saci

 Pererê. Resta somente a inteligência, pois é característica da inteligência 

 causar a produção de 

complexidade irredutível: design inteligente.

Dembski se refere a este subsistema como o “núcleo irredutível do sistema” - partes que são
 indispensáveis à função básica do sistema.

O desafio da complexidade irredutível à evolução darwinista é real e não procede a
 afirmação de
 que as idéias de Behe tenham sido cientificamente refutadas:


 “A resposta que eu tenho recebido por 

repetir a afirmativa de Behe sobre a literatura 

evolucionária - que simplesmente destaca o ponto 

sendo implicitamente feito por muitos

 outros, como Crick, Denton, [Robert] Shapiro, Stanley, 
Taylor, Wesson - é que obviamente eu não tenho lido os livros certos. Há, eu estou
 convencido,
evolucionistas que têm descrito como as transições em questão poderiam ter


 ocorrido. Todavia,

 quando eu pergunto em quais livros eu posso achar essas discussões, ou 

eu não recebo nenhuma 

 resposta ou alguns títulos que ao examiná-los não contém de fato

 os relatos prometidos. Que tais 

relatos existam parece ser algo que é amplamente conhecido,

 mas eu ainda estou por encontrar 

 quem saiba onde eles existem” [David Griffin, in 

Religion and Scientific Naturalismo: Overcoming 

 the Conflicts, Albany, NY: State 

 University of New York Press, 2000, p. 287, nota #23]; “Não 

 há relatos darwinistas 

detalhados para a evolução de qualquer sistema bioquímico ou celular, 
somente uma variedade de especulações para que assim fosse. É notável que o darwinismo
é aceito
 como uma explicação satisfatória para um assunto tão vasto - a evolução - com tão 


pouco exame 

 rigoroso de quão bem funcionam as suas teses básicas em específicos exemplos 

 esclarecedores de 

adaptação ou diversidade biológicas”. [James Shapiro, da Universidade 

de Chicago, in “In the 

Details... What?”, National Review, 16 de setembro de 1996:62-65]. 

Curioso que Shapiro fez o 

mesmo comentário em sua obra acadêmica “Genome System 

Architecture and Natural Genetic 

Engineering in Evolution”, Annals of the New York

 Academy of Sciences 870, 18 de maio de 

 1999:23-25

DEMBSKI, William. No Free Lunch. Lanham, MD: Rowman & Littlefield Publishers, Inc.
, 2002,
 cap. 5, “The emergence of Irreducibly Complex Systems”, especialmente 5.10.


A teoria de informação de Claude Shannon podia medir a capacidade de transporte de 


informação 

 de uma dada seqüência de símbolos, mas não o conteúdo da informação.
O criacionismo científico está comprometido com as seguintes proposições:
CC1: Houve uma súbita criação do universo, da energia e da vida ex-nihilo.
CC2: As mutações e a seleção natural são insuficientes para realizar o desenvolvimento 
de todos 
os tipos de vida a partir de um único organismo.
CC3: Mudanças dos tipos de animais e plantas originalmente criados ocorrem somente
 dentro 
de limites fixados.*CC4: Há uma linhagem ancestral separada para humanos e


 primatas.
CC5: A geologia pode ser explicada pelo catastrofismo, principalmente pela ocorrência 
de um 
dilúvio mundial.
CC6: A Terra e os tipos de vida são relativamente recentes (na ordem de milhares ou
 dezenas de
 milhares de anos).
O design inteligente, por outro lado, está comprometido com as seguintes proposições:

DI1: A complexidade especificada e a complexidade irredutível são indicadores ou marcas 


seguras 

 de design.
DI2: Os sistemas biológicos exibem complexidade especificada e empregam subsistemas de
 complexidade irredutível.
DI3: Os mecanismos naturalistas ou causas não-dirigidas não são suficientes para explicar a
 origem da complexidade especificada ou da complexidade irredutível.
DI4: Por isso, o design inteligente é a melhor explicação para a origem da complexidade
 especificada e da complexidade irredutível em sistemas biológicos.
Traduzido para o português do Brasil por Laura Teixeira Motta como O relojoeiro cego: 
A teoria 
 da evolução contra o desígnio divino. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.


 Acertadamente 

 traduziu ‘design intencional’, p. 18, no sentido epistêmico de design como

 efeito empiricamente 

 detectável.
Freqüentemente os oponentes e críticos do DI afirmam que a TDI não é ciência porque não
 tem um plano para verificação experimental. Mas o DI tem esse plano de verificação.
Atualmente
 são dez os temas de pesquisa, mas somente cinco são aqui brevemente 


considerados: 
Métodos de detecção de design. Técnicas, métodos e critérios de detecção de design
 intencional
são amplamente empregados em várias ciências especiais (a ciência de


 investigação criminal, a

 criptografia, a arqueologia, a inteligência artificial

 (cf. o teste de Turing) e a busca por 

 inteligência extraterrestre [SETI - Search for 

Extraterrestrial Intelligence]). Os critérios da 

complexidade irredutível de Behe e da 

 complexidade especificada de Dembski precisam estar no 

 centro dessa discussão com 

mais seriedade pela academia brasileira.


  • Informação biológica. Como que a matéria foi formada em maneiras muito especiais a fim de constituir a vida? Dembski aborda esse problema no seu livro No Free Lunch, mas há necessidade de mais trabalho e pesquisa nesta área.
  • Complexidade mínima. Coisas vivas são sistemas complexos constituídos de sub-sistemas complexos que por sua vez consistem de outros sub-sistemas até que um nível de organização é atingido que é quimicamente simples. Essa complexidade mínima fornece confirmação decisiva de design inteligente?
  • Capacidade de evolução. As limitações na capacidade de evolução por meio de mecanismos materiais se constituem em evidências de design intencional.
  • O princípio de “engenharia metodológica”. Os sistemas biológicos precisam ser compreendidos como sistemas de engenharia: origem, construção, operação, falha de operação, desgaste, reparo, modificação (acidental ou por design intencional).


Conclusão circunstancial:
A visão darwinista da vida está rapidamente perdendo o contato com a realidade e com o
 design
intencional que permeia o mundo no nível bioquímico - um mundo sobre o qual 


Darwin nada sabia.

São muitas as anomalias, que têm resistido todas as tentativas de serem

 resolvidas pelos 

procedimentos existentes do paradigma atual, mas a velha guarda do 

 darwinismo, mesmo sabendo 

 que as suas “idéias não correspondem aos fatos”

 [Cazuza], não está e nem ficará quieta: existe 

 atualmente nos Estados Unidos uma

 inquisição sem fogueiras para os que criticam cientificamente 

 o darwinismo.
No seu livro The End of Christendom, Malcolm Muggeridge escreveu: “Eu estou mesmo
 convencido
de que a teoria da evolução, especialmente na extensão na qual tem sido 


aplicada, será uma das 

 maiores de todas as piadas nos livros de história do futuro.

 A posteridade irá se maravilhar como 

uma hipótese muito superficial e tão dúbia pôde 

ser aceita com a incrível credulidade que tem sido 

aceita”.
A visão darwinista, porém, como os ‘epiciclos’ de Ptolomeu, recusa-se em procurar
 a porta de
 saída paradigmática, para ser substituída por uma nova visão baseada na 


realidade: Design 

Inteligente.
Bibliografia sobre a TDI:
1. BEHE, Michael J., A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
2. BUELL, Jon e HEARN, Virginia, (eds.), Darwinism: Science or Philosophy? Dallas, 
TX:Foundation for Thought and Ethics, 1993.
3. DEMBSKI, William A., The Design Inference: Eliminating Chance Through 
 SmallProbabilities. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.
4. ________. No Free Lunch: Why Specified Complexity Cannot Be Purchasedwithout 
Intelligence. Lanham, MD: Rowman & Littlefield, 2002.
5. ________. The Design Revolution: Answering the Thoughest Questions About
 IntelligentDesign. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2004.
6. GONZALEZ, Guillermo e RICHARDS, Jay W., The Privileged Planet: How Our
 Place in the
 Cosmos is Designed for Discovery. Washington, D.C.: Regnery Publishing,


 Inc., 2004. Um 

 tratado excepcional sobre a evidência de design derivado da astronomia 

e cosmologia.
7. MENUGE, Angus. Agents Under Fire: Materialism and the Rationality of Science.
Lanham,
 MD: Rowman & Littlefield, 2004.
8. THAXTON, Charles B.; BRADLEY, Walter L.; OLSEN, Roger L., The Mystery of Life’s
 Origin: Reassessing Current Theories. Nova York: Philosophical Library, 1984. Sem dúvida, 
o livro que lançou a base científica para a moderna TDI.
Bibliografia sobre as implicações culturais da TDI:
1. CAMPBELL, John Angus e MEYER, Stephen, Darwin, Design, and Public Education. 
Michigan: Michigan University Press, 2003.
2. DEMBSKI, William A. (ed.), Mere Creation: Science, Faith and Intelligent Design.
Downers
Grove, IL: InterVarsity Press, 1998.
3. _______. Intelligent Design: The Bridge Between Science and Theology. Downers
Grove,
 IL: InterVarsity Press, 1999.
4. DEMBSKI, William A., e KUSHINER, James M. (eds.). Signs of Intelligence: 
Understanding Intelligent Design. Grand Rapids, MI: Brazos Press, 2001.
5. DEMBSKI, William A. (ed.), Uncommon Dissent: Intellectuals Who Find Darwinism 
Unconvincing. Wilmington, DE: ISI Books, 2004.
6. DEMBSKI, William A. e RUSE, Michael. Debating Design: From Darwin to DNA. 
Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
7. HUNTER, Cornelius G., Darwin’s God: Evolution and the Problem of Evil. Grand
 Rapids,
MI: Brazos Press, 2001.
8. _______. Darwin’s Proof: The Triumph of Religion Over Science. Grand Rapids,
MI: Brazos
Press, 2003. A religião aqui é o darwinismo.
9. JOHNSON, Phillip E., JOHNSON, Phillip E., Darwin on Trial. Downers Grove, 
IL:InterVarsity Press, 1991.
10. _______. Reason in the Balance: The Case Against Naturalism in Science, Law and 
Education. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1995.
11. _______. Defeating Darwinism by Opening Minds. Downers Grove, IL: InterVarsity
Press, 1997.
Traduzido para o português no Brasil, mas encontra-se esgotado.
12. _______. Objections Sustained: Subversive Essays on Evolution, Law and Culture. 
Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1998.
13. _______. The Wedge of Truth: Splitting the Foundations of Naturalism. Downers Grove,
 IL: InterVarsity Press, 2000. Traduzido para o português como Ciência, Intolerância e Fé
 - A
Cunha da Verdade: rompendo os fundamentos do naturalismo.
14. _______. The Right Questions: Truth, Meaning and Public Debate. Downers Grove, 
IL: InterVarsity Press, 2002.
Bibliografia sobre a história da TDI e o MDI:
1. O’LEARY, Denyse. By Chance or by Design? Minneapolis, MN: Augsburg Fortress, 2004.
 Escrito por uma jornalista canadense visando os leigos.
2. WOODWARD, Thomas. Doubts About Darwin: A History of Intelligent Design. Grand
 Rapids,
MI: Baker Books, 2003.
3. DEMBSKI, William A., The Design Revolution, p. 310-17
A ilação, errônea, da maioria dos acadêmicos brasileiros de que a TDI é criacionismo e o 
total desconhecimento da obra de Dembski são, para este Autor, as causas da alienação da 
TDI por parte da Academia. A TDI cai ou se estabelece pelos seus próprios méritos que
precisam
ser devidamente considerados: se o design encontrado na natureza for demonstrado
 cientificamente que é aparente, não detectável e produto de leis e processos naturais não 
guiados como o acaso, necessidade, mutações e seleção [não é atributo de inteligência???]
 natural nós tiramos a TDI da mesa de debate como teoria que se propõe substituir as
 teorias da origem e evolução da vida atuais.
Nos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, não é crime criticar o governo, mas
 criticar Darwin é considerado crime de lèse majesté. Vários professores universitários,
 que de
alguma forma sofreram sanções acadêmicas, são mencionados por Angus


 Menuge in Agents 

Under Fire, p. 200-01. A razão maior para nós do NBDI protegermos 

atualmente os professores 

 e alunos de universidades públicas e privadas que são 

 simpáticos à TDI deve-se a esse tipo 

de ‘patrulhamento ideológico’. A ‘liberdade de

 cátedra’ e o debate de diversidade de idéias foi 

jogada na lata do lixo. No Brasil não 

é menos diferente. Razão disso? A toxina do 

 materialismo filosófico travestido de

 metodologia científica.
Fonte:
Sobre o autor:

Enézio Eugênio de Almeida Filho

Possui graduação em Ciências Humanas pela Universidade Federal do Amazonas (1980) e 

mestrado em Historia da Ciencia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

 (2008). Doutorando em História da Ciência, Pontifícia Universidade Católica de São 
Paulo
 (2009). Coordenador do NBDI (Núcleo Brasileiro de Design Inteligente),


 Campinas - SP, desde 


 1998.(Texto informado pelo autor)


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